A família Pirré, uma pobre família de mercantis e pescadores, dependentes do rio e seus recursos, constituída por António, seu filho João e sua irmã Ti Joana, recebe em sua casa a visita de amigos de todos os dias, o Padre-cura, o Fortunato, o Manuel d’Avó, a Clarinha, a Maria Águeda (avó de Clarinha), Margarida e outras raparigas.

Um foco de sociabilidades que nos revelam cenas simples de um quotidiano de fim do século XIX, ainda vivas as memórias das invasões francesas, em que o espectro da guerra estava presente e o recurso à intervenção divina era uma forma muito democrática de todos acederem a um “certo tipo de justiça”. Bastava cumprir rituais e os milagres davam-se.
O recrutamento em curso que poderá levar João para a guerra vem afectar toda a comunidade para a qual João é imprescindível. Nestas horas todos os recursos podem ser poucos quando não se tem sorte.
A peça é uma espécie de balança tripartida em que num prato está o poder político, noutro prato o poder religioso e num terceiro a sorte e o aleatório. A solução aparece revestida de cunha política e de milagre ou quiçá apenas sorte.
Na apoteose todos chamam a si a sua quota-parte porque de facto todos torceram pela sorte de João.

Ficha técnica

Produção: Orquestra Típica de Águeda e Com.Cenas
Autor: Adolfo Portela (1893)
Encenação: Guilherme Guerra
Direcção Musical: Rogério Fernandes
Cenografia: Ernesto

Apresentações

12 Maio 2006 Cine Teatro São Pedro, Águeda
13 Maio 2006 Cine Teatro São Pedro, Águeda
19 Maio 2006 Cine Teatro São Pedro, Águeda
20 Maio 2006 Cine Teatro São Pedro, Águeda
27 Outubro 2006 Cine Teatro São Pedro, Águeda
28 Outubro 2006 Cine Teatro São Pedro, Águeda
03 Novembro 2006 Cine Teatro São Pedro, Águeda
04 Novembro 2006 Cine Teatro São Pedro, Águeda
05 Novembro 2006 Cine Teatro São Pedro, Águeda